A Paag realizou um estudo inédito que traça o perfil do apostador brasileiro com base nas transações financeiras registradas pela empresa entre janeiro e março de 2025. O objetivo da análise é compreender o comportamento dos jogadores em plataformas de apostas esportivas, trazendo dados valiosos que podem nortear tanto operadores quanto formuladores de políticas públicas com foco no setor.

João Fraga, CEO da Paag, destacou a importância do estudo conduzido pela empresa: “O relatório da Paag se apresenta como uma ferramenta estratégica tanto para operadores do setor quanto para reguladores, apontando caminhos mais seguros e sustentáveis para o crescimento do mercado de apostas no país”.

De acordo com o levantamento, o apostador no Brasil é mais estratégico e diverso. O estudo mapeia desde o valor das apostas até a idade dos usuários e as regiões com maior concentração de atividade. Os dados revelam padrões de comportamento que apontam tendências importantes em um momento em que a regulamentação do mercado brasileiro avança de forma acelerada.

Aposta consciente é a norma, não a exceção

Um dos principais pontos do relatório diz respeito ao ticket médio das apostas. Os números mostram que a maioria absoluta prefere apostas modestas. O valor médio por transação foi de R$ 61,52, e mais de 90% dos depósitos realizados foram inferiores a R$ 100.

As transações de alto valor, acima de R$ 1.000, foram registradas em menos de 1% dos casos. No entanto, esse pequeno grupo de apostadores responde por quase 15% de toda a receita movimentada no período, evidenciando uma parcela concentrada e financeiramente relevante dentro do universo das bets.

Faixa etária: o coração do setor tem entre 25 e 49 anos

Quando o recorte é geracional, os dados mostram que a maior parte dos jogadores está entre 25 e 49 anos, faixa que lidera tanto em número de transações quanto em volume financeiro movimentado. Curiosamente, a faixa entre 65 e 79 anos, apesar de representar uma base menor, apresenta o maior ticket médio individual: R$ 71,79.

O relatório também aponta um dado que merece atenção: jogadores entre 18 e 24 anos, grupo que frequentemente é alvo de preocupação em políticas de proteção, apresentam um ticket médio comparável ao de faixas mais velhas, o que pode indicar um comportamento de risco.

“Sabemos que muitas vezes os dados são restritos mesmo dentro do próprio setor. Conhecer o comportamento do jogador nas bets é fundamental para balizar as principais políticas e reforçar a segurança no setor, inclusive quais medidas seriam mais eficientes para o Governo tomar”, comentou João Fraga, CEO da Paag.

Presença nacional e comportamento regional

O mercado de apostas no Brasil se mostra amplamente disseminado por todo o território nacional. São Paulo lidera tanto em volume quanto em valor movimentado, consolidando-se como o principal polo do setor no país. No entanto, estados como Paraná, Santa Catarina e áreas do Centro-Oeste outras regiões se destacam pelo valor médio das apostas, registrando tickets médios acima de R$ 66.

Esses recortes regionais reforçam a complexidade e o dinamismo do mercado brasileiro de apostas, que exige uma compreensão aprofundada dos perfis de jogadores em diferentes contextos geográficos. Ao reunir dados que abrangem comportamento, faixa etária, valor das apostas e distribuição regional, o estudo da Paag se consolida como uma importante ferramenta de inteligência de mercado. Em um cenário de regulamentação em andamento, esses insights oferecem base concreta para decisões mais seguras, sustentáveis e alinhadas à realidade do apostador brasileiro”,